quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Dez são presos suspeitos de torturar dependentes químicos em clínica de reabilitação de Unaí Prisões ocorreram em dois centros de tratamento ilegais, que pertencem a um mesmo responsável, sendo que um deles já havia sido interditado pela Justiça

Daniel Silveira
Publicação: 28/11/2012 23:31 Atualização:
Dez pessoas foram presas em flagrante por suposto envolvimento na tortura de dependentes químicos internados em duas clínicas de reabilitação ilegais em Unaí, no Noroeste de Minas. As prisões ocorreram durante cumprimento de mandado de busca e apreensão solicitado à Justiça pelo Ministério Público. Uma das clínicas já havia sido alvo de ação do MP em julho deste ano, quando foi interditada pela Justiça. Porém, todos os pacientes foram transferidos para o outro centro terapêutico, que pertence ao mesmo proprietário.

O MP não divulgou as identidades dos presos na operação, realizada nessa terça-feira, mas adiantou que um deles é o responsável pelo centro e os outro noves exerciam a função de monitores dos internos. Segundo o órgão, foram apreendidos objetos e documentos que indicam maus-tratos, torturas e cárcere privado contra dez internos, dois deles menores de idade. Após as prisões, todos os pacientes foram ouvidos e, em seguida, encaminhados aos cuidados das respectivas famílias.


Em julho, uma Ação Civil Pública impetrada pelo MP levou a Justiça a interditar uma destas clínicas, que na verdade era uma comunidade terapêutica que funcionava ilegalmente como clínica psiquiátrica. Ficou comprovado que o local realizava internações compulsórias e foram constatadas evidências de maus-tratos. “Mas a decisão (interdição do centro) não foi devidamente cumprida, já que os pacientes foram apenas transferidos para outra clínica, de propriedade do mesmo responsável, a qual funcionava ilegalmente, sem alvará sanitário, e realizava internações involuntárias ilegais", esclareceu a promotora de Justiça Andrea Beatriz Rodrigues de Barcelos, responsável pela ação.

A operação que culminou nas prisões foi realizada pela Polícia Civil com o apoio da Gerência Regional de Saúde e do próprio MP.
fonte estaminas

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