quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Novatos são pressionados a endossar proposta de reajuste
Prefeito Marcio Lacerda afirma que o projeto enviado à Casa é justo
Publicado no Jornal OTEMPO em 28/11/2012
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FOTO: EDUARDO PROFETA /CMBH
Apoio. Alexandre Gomes confirmou, ontem, a expectativa de contar com o respaldo dos novatos ao projeto
A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Belo Horizonte já pressiona os vereadores eleitos para o próximo mandato a se posicionarem de forma favorável ao projeto que reajusta os salários do prefeito, secretários, secretários-adjuntos e vereadores da capital para a nova legislatura. Mas, se depender de alguns deles, a proposta pode não prosperar.

O principal motivo é a interpretação que os novatos têm dado para essa insistência dos atuais vereadores. Para eles, o objetivo da direção da Casa é dividir com os futuros parlamentares o "ônus" de terem aprovado um reajuste de 33% nos vencimentos - índice da inflação acumulada nos últimos quatro anos -, mesmo depois de terem sofrido com as críticas da população ao aumento dos salários proposto no início deste ano.

Além dessa negociação difícil, a Mesa Diretora ainda tem um grande problema na mão. É que, para ser votada até o fim do ano e ter validade - já que qualquer reajuste só pode ser votado até o fim da legislatura anterior -, a proposição precisaria ser protocolada e começar a tramitar na Câmara até a próxima sexta-feira. Caso contrário, como já especulam os vereadores, não haveria tempo hábil para a análise.

Ontem, durante encontro com 21 vereadores eleitos neste ano pela primeira vez, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) afirmou que a proposta enviada por ele à Câmara, como mostrou ontem reportagem de O TEMPO, "é justa".

De acordo com a mensagem, os salários dos vereadores passaria de R$ 9.288 para R$ 12.400. Já o do prefeito seria ampliado de R$ 19 mil para R$ 23 mil. A remuneração dos vereadores seria de R$ 15 mil.
Dificuldade. A nova bancada do PT no Legislativo da capital deve ser a mais crítica à mudança. Para o vereador Pedro Patrus, a tentativa de fazer com que os recém-eleitos opinem sobre a proposta é injusta. "Os novos vereadores não votam, não assinam o projeto. Não tem motivo para a gente opinar. Nós vamos seguir o que a nossa bancada na Câmara decidir, já que não tenho poder de voto", criticou o petista, que garante já ter sido procurado pelo vice-presidente da Casa, Alexandre Gomes (PSB), para opinar sobre a proposta.

Também procurado pelo socialista, o vereador Juninho não se mostra muito aberto às mudanças nos salários. "Não podemos entrar em uma legislatura assumindo a culpa e a responsabilidade pelo que os outros aprovaram. Não sabemos se o projeto é legal ou não. Então, não é a gente quem tem que assumir a responsabilidade", ressaltou.

Ao lado do presidente da Câmara, vereador Léo Burguês (PSDB), Gomes tem comandado as conversas com os vereadores novatos. Ontem, ele afirmou não saber como anda a aceitação do novo reajuste. "Eu e o Léo temos procurado os vereadores. Ainda defendo que a gente só coloque em tramitação o projeto depois que os novos vereadores se colocarem favoráveis à ideia", argumentou.
o temppo

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