quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Mundial de Clubes
Fifa inaugura hoje a era do `árbitro´ tecnológico
Jogo entre Sanfrecce Hiroshima e Auckland City será uma revolução, segundo Valcke
Publicado no Jornal OTEMPO em 06/12/2012
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CÂNDIDO HENRIQUE SILVA
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FOTO: ALESSANDRA TARANTINO/AP - 27.6.2010
O jogo entre Sanfrecce Hiroshima, campeão japonês, e Auckland City, dono do troféu da Oceania, hoje, às 8h45 (horário de Brasília), será um marco para o futebol.

Não pelo fato de ele abrir o Mundial de Clubes de 2012, mas por ser a primeira vez na história em que um árbitro terá auxílio legítimo da tecnologia para tomar decisões.

A Fifa estreia hoje, em Yokohama, no Japão, a "tecnologia da linha do gol", que ajuda o árbitro na hora em que a bola entra no gol, mas não estufa as redes. A novidade consiste em sensores instalados em todo a meta e que só serão acionados após a bola, que virá com um chip, atravessar a linha.

O secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, dá o tom histórico. "É uma espécie de revolução. É a primeira vez que esse tipo de tecnologia é usado no futebol. Mas se restringirá à linha do gol", comentou.
Isso não significa que a Fifa se renderá à tecnologia e que possa adotar, em um futuro próximo, o auxílio de vídeo em lances capitais das partidas.

"A tecnologia (da linha do gol) não mudará a velocidade, o valor nem o espírito do jogo. Não há razões para ser contra essa tecnologia", sublinhou Valcke.

A decisão de utilizar essa tecnologia começou a ser discutida pela Association Board (IFAB), grupo que regula as regras do futebol, em 2010, depois do jogo entre Alemanha e Inglaterra, pela Copa da África do Sul. Na ocasião, os ingleses não tiveram um gol validado, mesmo com a bola atravessando a linha claramente.

"A IFAB se reuniu, nove empresas se candidataram e duas passaram pela primeira parte do teste. Ontem, ambas realizaram os testes finais de forma bem-sucedida", destacou o secretário geral da Fifa.

Cafusa. A bola do Mundial de Clubes será a Cafusa, também da Copa das Confederações, em junho de 2013.
Sistema é caro e feito por poucos
O secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, não revelou quanto custo a tecnologia da linha do gol. Ele apenas disse que é caro, já que apenas duas empresas chegarão ao equipamento ideal para a entidade.

"Outras empresas entrarão no mercado no futuro. O custo se reduzirá. Hoje é caro, mas não será assim sempre. Pense no valor de uma TV de plasma há alguns anos, e veja como seu preço baixou", ponderou, com esperança.

Roman Furrer, presidente do Laboratório Federal Suíço de Ciência e Tecnologia de Materiais, fiscalizou os sistemas da empresas Hawk-Eye e GoalRef e aprovou as duas.

"Ambos os sistemas passaram no teste final de instalação. De acordo com isto, ambos funcionam e podem ser utilizados durante os jogos", disse Furrer. (CHS)
fonte o tempo

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