Luana Cruz
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De acordo com o delegado chefe do Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp), Vicente Ferreira, os sequestradores chegaram no início da madrugada e invadiram a casa errada. Eles entraram no terreno vizinho ao imóvel do bancário e foram vistos por moradores.
Quando perceberam que estavam na residência errada, seguiram para a casa do funcionário. Eles colocaram o funcionário do banco, a esposa e o filho de cerca de um ano no carro da família, um Fox, e foram acompanhados por outros dois homens em um Gol - roubado no dia 12 de dezembro.
Segundo o delegado, a família passou momentos de terror nas mãos dos bandidos. Por volta de 3h, viaturas do 48º Batalhão da PM, do Batalhão Rotam e uma equipe do Deoesp foram até a casa, após a denúncia de vizinhos. Ao chegar no endereço, não encontraram as vítimas, mas montaram um cerco. Minuto depois, os sequestradores voltaram à casa, ainda no carro dos reféns, para que o funcionário trocasse de roupa.
O objetivo da quadrilha era obrigar o funcionário do HSBC a se vestir com roupa social e ir ao banco, no Centro de Sarzedo, retirar dinheiro. Essa ação, conhecida como crime do sapatinho, têm deixado em alerta gerentes bancários na Grande BH. No retorno, bandidos se depararam com viaturas da polícia, que cercavam a casa. Eles fugiram em alta velocidade e houve perseguição. Miliares seguiram o Gol, ocupado por dois suspeitos, e o Fox, onde estavam bandidos e reféns.
A quadrilha decidiu abandonar os carros, inclusive o veículo onde estavam o bancário e a família, para seguir a pé por uma mata que rodeia do Bairro Santa Rosa. Um cerco foi montado na região com apoio da Ronda Ostensiva com Cães Adestrados (Rocca) e Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). Houve troca de tiros entre militares do Rotam e os dois sequestradores que haviam saído do Gol foram baleados. Mesmo socorridos para o Hospital Regional de Betim, morreram antes de dar entrada na unidade.
Os outros dois criminosos conseguiram fugir. Uma intensa movimentação policial foi montada na região, com ruas isoladas por dezenas de viaturas. A família passa bem, conforme informou o delegado Vicente Ferreira. Um adolescente de 16 anos foi apreendido nas imediações da casa suspeito de participação no crime. Com ele a PM encontrou duas bombinhas que poderiam ser usadas na função de olheiro para avisar sobre a chegada da polícia.
Tiros
Um inquérito policial militar será aberto para apurar as responsabilidades pelas mortes na abordagem. As armas dos militares envolvidos na ocorrência foram apreendidas, assim com os revólveres calibre 32 e 38 dos suspeitos. Ainda não foram identificados os policiais responsáveis pelos homicídios e o inquérito será remetido à Justiça.
fonte estaminas
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