segunda-feira, 11 de março de 2013

Sucessão no Vaticano.Antes do conclave. Brasileiro cotado para ser papa pede oração para Igreja Católica cumprir sua missão
Dom Odilo reza missa em igreja lotada
Simpático com a imprensa e fiéis, ele fez alusão à parábola do filho pródigo
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FOTO: ANDREW MEDICHINI/ASSOCIATED PRESS
Dom Odilo, um pouco antes de sua última missa antes do conclave
Cidade do Vaticano, Vaticano.O cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo e um dos nomes cotados para a sucessão de Bento XVI, com certeza sabia que sua missa seria muito concorrida, mas fez um ar de surpresa ao chegar, ontem, à igreja de Sant’Andrea al Quirinale, da qual é titular, ao lado do palácio do governo, em Roma. "Quanto jornalista para assistir à missa, que maravilha", brincou sorridente o cardeal.

Não era para menos. Metade do público que lotou a pequena igreja era da imprensa e não se encontrava ali para cobrir a cerimônia, mas para documentar a presença de um dos principais concorrentes do cardeal Angelo Scola, arcebispo de Milão, que celebrava na mesma hora na igreja dos Santos 12 Apóstolos, a alguns quarteirões do Quirinale.

Oportunidade rara ver um cardeal de perto, pois os eleitores do conclave, que começa amanhã, fugiram da imprensa desde que começaram as congregações gerais, no interior do Vaticano.

Antes de iniciar a missa, dom Odilo pediu que todos rezassem "por esse momento importante e tão difícil, mas também cheio de esperança, que a igreja está atravessando". Não fez referência direta ao conclave, mas todos entenderam que o cardeal estava pedindo a intercessão do Espírito Santo para que o conclave escolha o papa ideal para enfrentar e vencer uma situação de crise.

Ele falou o tempo todo em bom italiano, exceto quando saudou em português o embaixador brasileiro Almir Franco de Sá Barbuda. O sermão durou 22 minutos. Dom Odilo comentou a parábola do filho pródigo - e disse que, como na história, Deus está sempre disposto a acolher de volta o pecador que abandona sua fé e se afasta da Igreja. Nenhuma alusão à situação que a igreja atravessa, mas o cardeal insistiu na misericórdia, na reconciliação e no perdão, mensagens, segundo ele, inspiradas na parábola.
fonte o tempo

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