quarta-feira, 31 de outubro de 2012

31/10/2012

Estado é condenado a indenizar família de policial patense morto em patrulhamento

O acidente que tirou a vida do Sargento Vagner da Polícia Militar aconteceu no dia 02 de fevereiro de 2008.

Estado é condenado a indenizar família de policial patense morto em patrulhamento O acidente que tirou a vida do Sargento Vagner da Polícia Militar aconteceu no dia 02 de fevereiro de 2008. Ele trabalhava na 10ª Companhia Independente de Meio Ambiente e Trânsito de Patos de Minas e estava realizando o patrulhamento na BR354, próximo à comunidade do Aragão quando outro veículo acabou invadindo a contramão e bateu. A decisão só saiu agora e condenou o estado a pagar R$30 mil à filha e à viúva.
A decisão foi proferida pelo juiz da 7ª Vara de Fazenda Pública Estadual, Carlos Donizetti Ferreira da Silva. Além da indenização de R$ 30 mil relativa a danos morais, o Estado também deverá pagar R$ 8.019, referentes às despesas com funeral e sepultamento do ex-policial, além de pensão mensal às familiares do ex-servidor.
A esposa e a filha do Sargento Vagner alegaram que o Estado teria a obrigação de se responsabilizar civilmente pelo fato, já que o ex-militar faleceu no exercício da profissão. Pediram que o Estado fosse condenado ao pagamento de pensão mensal, no valor do salário do ex-policial, ressarcimento de R$ 8.019 pelas despesas com funeral, além de condenação à indenização por danos morais.
O Estado alegou não haver relação entre o acidente e a atuação estatal. Argumentou que o autor do dano foi um terceiro, estranho ao Estado. Sustentou também que o risco de acidente é próprio da atividade militar e que o ex-policial não foi exposto à situação anormal de risco. Informou que a pensão mensal e as despesas com funeral e sepultamento vão ser pagas pelo Governo Estadual de acordo com a lei. Ao final, solicitou improcedência dos pedidos da viúva e da filha do ex-militar.
O magistrado entendeu que “o Estado possui responsabilidade civil objetiva, devendo indenizar material e moralmente terceiros que porventura sofram prejuízos em razão de suas ações ou omissões”. Ao analisar as provas do processo, o juiz chegou à conclusão de que houve dano ao constatar que no Boletim de Ocorrência o ex-policial morreu devido a um acidente de trânsito quando conduzia viatura durante patrulhamento no município de Lagoa Formosa/MG, durante o feriado de carnaval. Além disso, os depoimentos de testemunhas de pessoas próximas das familiares do ex-militar comprovaram que elas sofreram grande abalo psicológico e problemas de saúde após a morte do ex-servidor, segundo o magistrado.
“A ação do réu (Estado), em enviá-lo para patrulhamento em rodovia em data de grande movimentação, e sua omissão no dever de guarda em relação a seu subalterno são fatores determinantes para o resultado morte e, em consequência, os danos morais e materiais sofridos pelas autoras”, argumentou o juiz.
O julgador entendeu que recibos juntados ao processo comprovam danos materiais devido aos gastos das autoras com serviços funerários e jazigo para enterro do ex-policial.
O magistrado considerou também que as autoras devem receber pensão indenizatória, pois com a morte do ex-policial, a condição financeira delas foi bastante abalada, pois a renda familiar era proveniente do serviço dele. Como ele recebia R$ 2.547,27, o valor da pensão deve corresponder a dois terços do salário do ex-militar, já que o terço restante era para sustento próprio. Assim, o Estado deve pagar, com a devida correção, um terço para a filha, menor à época dos fatos, e um terço à viúva. O pagamento deve ser feito à filha da data da morte até que ela complete 25 anos e à viúva até o dia em que o ex-militar faria 65 anos.
Segundo a decisão, há um processo administrativo em andamento na Polícia Militar para se decidir sobre o pagamento de indenização às autoras motivada pelos fatos em questão. Logo, o que for pago por via administrativa deve ser descontado do valor total fixado a partir desta decisão. A sentença, por ser de 1ª Instância, está sujeita a recurso.
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional – Ascom

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