segunda-feira, 5 de novembro de 2012


05/11/2012 19h10 - Atualizado em 05/11/2012 19h10

Macarrão pede R$ 1 mi por causa de comentários de advogado de Bruno

Defesa de Luiz Henrique move processo de indenização por dano moral.
Rui Pimenta fez declarações de que amigo do goleiro seria homossexual.

Raquel Freitas Do G1 MG
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Macarrão, na saída do juizado de Contagem (MG), na semana passada (Foto: Reprodução/Globo News)Luiz Herique Ferreira Romão pede R$ 1 milhão de
indenização por dano moral
(Foto: Reprodução/Globo News)
A defesa de Luiz Henrique Ferreira Romão – o Macarrão – disse ao G1, nesta segunda-feira (5), que move na Justiça uma ação contra o advogado do goleiro Bruno Fernandes, Rui Pimenta. De acordo com o defensor Leonardo Diniz, o pedido de indenização por dano moral, no valor de R$ 1 milhão, deve-se a declarações dadas por Pimenta sobre o amigo do atleta na mídia.
“É um pedido de reparação pelo prejuízo causado pelas infelizes declarações de que ele [Luiz Henrique] é homossexual”, explicou Diniz. Bruno, Macarrão e mais três vão a júri popular, no próximo dia 19, pela morte e pelo desaparecimento de Eliza Samudio.
Procurado pelo G1, Rui Pimenta afirmou que ainda não foi oficialmente notificado pela Justiça sobre o processo. “Na hora que o oficial de Justiça me intimar, eu tomo as providências. Eu sendo citado, eu apresento minhas razões”, disse o defensor.

Os comentários sobre a orientação sexual de Macarrão foram feitos por Rui Pimenta após a publicação, em julho deste ano, de uma reportagem da revista “Veja”, que trazia uma carta do atleta para o amigo. À época, o advogado concedeu diversas entrevistas à imprensa sobre o assunto. Ao G1, disse que a convivência entre Bruno e Macarrão extrapolava a área do sentimento. "A 'Veja’ me fez acreditar na homossexualidade através dessa notícia”, afirmou. Junto à mensagem de Bruno endereçada a Luiz Henrique, em que o atleta pede ao amigo para usar um ‘plano B’, a reportagem citou um vídeo que retrataria uma relação sexual entre os dois e a modelo Eliza Samudio.

Também à época, o advogado de Macarrão rebateu as declarações e as classificou como um “absurdo infundado”. Por isso, além da indenização no valor de R$ 1 milhão, Leonardo Diniz fez ainda pedido de retração "em igualdade de condição" a todas as entrevistas concedidas pelo defensor do goleiro.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a ação corre na 1ª Vara Cível de Belo Horizonte e está em fase inicial. No dia 20 de agosto, o processo foi distribuído por sorteio para a juíza Soraya Hassan Baz Lauar. Nesta segunda-feira (5), o TJMG informou que a magistrada analisava uma petição encaminhada por uma das partes.

Pedido de explicações
Antes de ajuizar o pedido de indenização, Leonardo Diniz acionou a Vara de Inquéritos para cobrar explicações do advogado Rui Pimenta. De acordo com o TJMG, a notificação prevê uma explicação formal, mas não envolve indenizações nem retratações em público. Este processo ainda está em andamento na 5ª Câmara Criminal, segundo a Justiça.
Eliza Samudio (Foto: Reprodução/TV Globo)Eliza Samudio (Foto: Reprodução/TV Globo)
Caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Para a polícia, a ex-namorada do jogador foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.

Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o garoto mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.

Entenda as acusações

Em 19 de novembro, Bruno Fernandes e mais quatro réus serão julgados no Tribunal do Júri de Contagem. O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, que morreu neste ano, mas ele respondia ao processo em liberdade. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Na fase de inquérito sobre o desaparecimento e morte de Eliza, Sales e o outro primo do goleiro Bruno – Jorge Luiz Rosa – contribuíram com informações à polícia. Segundo a investigação, eles estiveram com Eliza no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG).

Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.

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